"As armas e os barões assinalados,
que da ocidental Praia Lusitana,
por mares nunca de antes navegados,
passaram ainda além da Taprobana,
em perigos e guerras esforçados,
mais do que prometia a força humana,
e entre gente remota edificaram
novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
daqueles Reis, que foram dilatando
a Fé, o Império, e as terras viciosas
de África e de Ásia andaram devastando;
e aqueles, que por obras valerosas
se vão da lei da morte libertando;
cantando espalharei por toda a parte,
se a tanto me ajudar o engenho e a arte."
(Os Lusíadas, Luis de Camões, Canto I)
O dia da Restauração da Independência, 1 de dezembro, é um feriado nacional.
que da ocidental Praia Lusitana,
por mares nunca de antes navegados,
passaram ainda além da Taprobana,
em perigos e guerras esforçados,
mais do que prometia a força humana,
e entre gente remota edificaram
novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
daqueles Reis, que foram dilatando
a Fé, o Império, e as terras viciosas
de África e de Ásia andaram devastando;
e aqueles, que por obras valerosas
se vão da lei da morte libertando;
cantando espalharei por toda a parte,
se a tanto me ajudar o engenho e a arte."
(Os Lusíadas, Luis de Camões, Canto I)
O dia da Restauração da Independência, 1 de dezembro, é um feriado nacional.
Neste dia celebra-se a revolta iniciada em 1640 contra a ocupação de
Portugal por Espanha, pela dinastia filipina... este foi, sem dúvida, um dos grandes feitos que Camões enaltece em "Os Lusíadas".
Naquele tempo a ideia de recuperar a independência ganhava cada vez mais terreno e a ela iam aderindo todos os grupos sociais do Povo aos nobres passando pelo clero e pelos burgueses.
Naquele tempo a ideia de recuperar a independência ganhava cada vez mais terreno e a ela iam aderindo todos os grupos sociais do Povo aos nobres passando pelo clero e pelos burgueses.
(Nota: A partir de 2013, como parte de medidas que
visavam aumentar a produtividade, o governo português decidiu
eliminar o feriado de 1 de dezembro. Felizmente, a comemoração da
Restauração da Independência Portuguesa foi retomada como um feriado em
2016.)
Conhece um pouco da história:
Conhece um pouco da história:
Tudo começou em finais do séc. XVI: o rei de Portugal era D. Sebastião. Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África.
Portugal ficou, assim, sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e ainda
não tinha filhos, não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
Assim, quem subiu ao
trono foi o Cardeal D. Henrique, que era tio-avô de D. Sebastião. Mas só
reinou durante dois anos porque nem todos estavam de acordo com ele
como novo rei.
Em 1580, nas Cortes de
Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de
Portugal. A razão para a escolha foi simples: Filipe II era filho da
infanta D. Isabel e também neto do rei português D. Manuel, por isso
tinha direito ao trono.
Nesta altura, era
frequente acontecerem casamentos entre pessoas das cortes de Portugal e
Espanha, o que fazia com que houvesse espanhóis que pertenciam à família
real portuguesa e portugueses que pertenciam à família real espanhola.
Durante 60 anos,
viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como
“Domínio Filipino”. Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio
a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de
Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como
um só país.
Os portugueses acabaram
por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de Dezembro de 1640,
puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só
para derrubar o rei e o seu governo).
Também havia defensores do rei espanhol em Portugal. Mas o povo não gostava disso porque o País não era
governado com justiça e havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas e, especialmente, ao Brasil.
Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos era escrivão da Fazenda do Reino. Tinha imenso poder.
No dia 1 de Dezembro de
1640, os Restauradores mataram-no a tiro e foi defenestrado (atirado da
janela abaixo) no Paço da Ribeira.
Filipe III abandonou o trono de Portugal e os portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
O dia 1 de Dezembro
passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da
Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português.
(Fonte: informação disponibilizada pela Texto Editora)
Informação mais detalhada numa Biblioteca perto de ti ;)
(Fonte: informação disponibilizada pela Texto Editora)
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