Um complexo plano familiar para liderar a política ibérica acabou por originar a perda da independência de Portugal em 1580.
D. João II, D. Manuel I e D. João III tentaram por todos os meios associar os destinos de Portugal e de Espanha, com o principal argumento de manter a independência perante a união política ibérica promovida pelos reis católicos mas também com a esperança de ver um seu descendente herdar os tronos de Castela e Aragão.
A morte prematura e sem descendência, do neto de D. João III,
rei D. Sebastião (1554-1578) , abriu caminho a uma
inesperada união ibérica em 1580. O filho de Isabel de Portugal e
de Carlos V (neto de D. Manuel I e sobrinho de D. João III) tornou-se rei de Portugal como Filipe I, quando já era rei de Espanha como Filipe
II.
D. Sebastião transformou-se numa lenda (1544-1578) foi pintado por vários artistas da época, entre os quais Joos van Cleve (1485-1541) e Ticiano (1473 ou 1490-1576).
D. Sebastião transformou-se numa lenda (1544-1578) foi pintado por vários artistas da época, entre os quais Joos van Cleve (1485-1541) e Ticiano (1473 ou 1490-1576).
Também Fernando Pessoa, entre outros, se sentiu inspirado por esta figura controversa da nossa história...
D. SEBASTIÃO
Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, in Mensagem
Sem comentários:
Enviar um comentário