Feliz dia de Portugal! Já viram? Até o google fez em homenagem a Portugal neste dia.
Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesa, dia de discursos, de palavras, de medalhas, de promessas , de desfiles, de comemorações... e, até, de "googlar"... hoje simplesmente lembramos um soneto de Camões:
Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesa, dia de discursos, de palavras, de medalhas, de promessas , de desfiles, de comemorações... e, até, de "googlar"... hoje simplesmente lembramos um soneto de Camões:
Portugal, Tão Diferente de seu Ser Primeiro
Os reinos e os impérios poderosos,
Que em grandeza no mundo mais cresceram,
Ou por valor de esforço floresceram,
Ou por varões nas letras espantosos.
Teve Grécia Temístocles; famosos,
Os Cipiões a Roma engrandeceram;
Doze Pares a França glória deram;
Cides a Espanha, e Laras belicosos.
Ao nosso Portugal, que agora vemos
Tão diferente de seu ser primeiro,
Os vossos deram honra e liberdade.
E em vós, grão sucessor e novo herdeiro
Que em grandeza no mundo mais cresceram,
Ou por valor de esforço floresceram,
Ou por varões nas letras espantosos.
Teve Grécia Temístocles; famosos,
Os Cipiões a Roma engrandeceram;
Doze Pares a França glória deram;
Cides a Espanha, e Laras belicosos.
Ao nosso Portugal, que agora vemos
Tão diferente de seu ser primeiro,
Os vossos deram honra e liberdade.
E em vós, grão sucessor e novo herdeiro
Do Braganção estado, há mil extremos
Iguais ao sangue e mores que a idade.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Nota biográfica:
Luis Vaz de Camões terá nascido no ano de 1525, não se sabe exatamente
onde e morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa. Considerado uma das maiores
figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes
poetas do Ocidente. Pensa-se que estudou em Coimbra, onde terá recebido
uma sólida educação nos moldes clássicos. Tudo parece indicar,
que pertencia à pequena nobreza. Em Lisboa deve, mais tarde, ter convivido
com personalidades importantes da Corte, como se depreende da sua obra
poética. Envolveu-se, em amores com damas da nobreza e possivelmente
plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. Sabe-se
que esteve em Ceuta, onde perdeu o seu olho direito, em
combate. Depois de regressado a Lisboa, foi preso, em consequência de uma rixa com um funcionário da
Corte.
Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado e
partiu para a India, passando vários anos no Oriente. Terá sido nessa altura que compôs
o primeiro canto de Os Lusiadas. De volta à pátria,
publicou Os Lusíadas e recebeu uma tença anual de 15.000 réis,
do rei D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa. Ao que se diz,
morreu na miséria. No entanto, é difícil distinguir aquilo que é realidade, daquilo
que é mito e lenda romântica, criado sem torno da sua vida.
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa:Editorial Verbo,1999,
vol.5, p.972 a 978.
Sem comentários:
Enviar um comentário